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Dino 246 GT vence Concurso de Elegância autoClássico

Se a estética e o aspecto convenceram o público, o restauro e a atenção ao detalhe convenceram os jurados. Fique a conhecer os outros premiados.
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14 de out. de 2025

Fotos: Rui Reis (concurso) e Xavier Cruz (cerimónia de entrega de prémios)

Este ano foram dez os automóveis clássicos a concurso no salão autoClássico, com géneros bem distintos e um intervalo de idades de 80 anos. O mais moderno era um Rolls-Royce Corniche Convertible de 1981, o mais antigo era um raro Boyer 6hp Tonneau de 1901.

Todos foram analisados individualmente por um júri composto por quatro membros: o jornalista e Director da prestigiada revista Octane, James Elliott e os representantes das três entidades certificadoras nacionais, CPAA, ACP Clássicos e Museu do Caramulo, respectivamente Pedro Aragão, Alberto Martins d’Alte e Salvador Patrício Gouveia. 

Havia quatro distinções a atribuir, sendo a mais desejada a de “Best of Show”. Havia também uma Menção Honrosa a atribuir de acordo com o livre critério do Júri e, como habitualmente, os prémios para o melhor exemplo de Conservação e o melhor exemplo de Restauro.

O habitual é que o vencedor de um desses dois prémios seja escolhido como o “Best Of Show”, contudo, tendo em conta o quão nivelados estavam os melhores restauros e para poder fazer justiça ao maior número de proprietários, os jurados entenderam autonomizar o prémio maior. 

Assim, o escolhido para o Prémio de Conservação, foi o Fiat 1100 Familiare de 1955. O Júri valorizou o facto de, durante um inevitável restauro, ter havido um esforço por manter os componentes originais do exemplar, mesmo sendo impossível retirar os sinais de desgaste e passagem do tempo. É de sublinhar que, no primeiro ano em que a organização decidiu aceitar candidaturas (anteriormente todos os automóveis eram escolhidos por convite), tenha sido um dos candidatos a conquistar este prémio. 

No caso do Prémio de Restauro, o vencedor foi o Mercedes-Benz 250 SL de 1970, graças e um trabalho de extraordinária qualidade, ao facto de terem sido respeitadas as cores originais e à brilhante apresentação, com todos os manuais, facturas de compra e documentos originais que contam a história do exemplar.

O Dino 246 GT de 1971, acabaria por ser o escolhido para o galardão máximo, devido a um rigoroso respeito pela originalidade, combinado com um restauro onde era quase impossível encontrar defeitos, desde a escolha dos pneus aos materiais empregues.

Seguramente seduzido pelas linhas de Aldo Brovarone e Leonardo Fioravanti, também o público elegeu o elegante produto da Ferrari como o seu preferido.

Como previsto, foi entregue uma Menção Honrosa e o júri escolheu distinguir o raro Sunbeam-Talbot Alpine MkI de 1954, premiando a raridade do modelo, assim como restauro antigo, mas de grande qualidade, com opções de personalização correctas para a sua época. 

O cocktail e jantar de entrega de Prémios, aconteceram no lounge e no restaurante do Exclusive Top Cars, o pavilhão do autoClássico reservado aos automóveis exóticos e de luxo. 

O evento contou com a presença de sócios do Porsche Club Portugal, Brás & Filho, assim como de algumas marcas presentes no Exclusive Top Cars e dos proprietários dos automóveis a concurso. Presente esteve também James Elliott, que entregou o Prémio de Conservação, e o lendário piloto de F1 Riccardo Patrese, que entregou o Prémio “Best of Show”, um invejável modelo à escala 1:10 oferecido pela marca IXO Models, que apoiou este evento e marcou presença no salão. 

Patrese entregou também o Prémio “Best of Show” do Concurso de Elegância de Supercarros, integrado no Exclusive Top Cars.  A escolha foi feita pelo público, que elegeu o carismático e desejável Kimera EVO37.

Os Concursos de Elegância contaram com os apoios da Murganheira e IXO Models.